Livraria Chardron, de Lello & Irmão, Porto, 1927. In-8º de XII-299-VII págs. Br. Apresenta alguns picos de acidez.
Primeira edição, pouco vulgar.
O seu livro "Tradicionalismo e Constitucionalismo: Estudos de História e Política Nacional" (Porto: Livraria Chardron de Lello & Irmão, 1927, ed. única, 299 p.) é um testemunho vivo do constitucionalismo cartista e da possibilidade real de o conduzir pelo século XX adentro; mostra ainda um monárquico genuinamente liberal, já então idoso e cheio de informações relevantes para todo o século XIX; impressiona a sua atitude equilibrada nas críticas que faz aos falsos tradicionalistas (para ele o cartismo é o verdadeiro tradicionalismo) e no distanciamento que revela dos radicais. Embora mantenha o seu liberalismo político (com uma grande predisposição democrática), Magalhães tem já claramente menos sensibilidade para o liberalismo económico e para o achar interdependente das suas ideias políticas; essa atitude, nada surpreendente num homem da sua geração, é patente nas suas opiniões favoráveis à pauta alfandegária de 1892 e à legislação cerealífera do fim do século XIX (pp. 260-261), bem como à representação corporativa que julgava dever integrar uma reforma da Câmara dos Pares (p. 280)."
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Luís de Magalhães