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Edições Gama. Lisboa. MCMXLV-MCMXLVI. 1945-1946. In-4º de 3 volumes com 603, 413 e 479 págs. respectivamente. Encadernação coeva meia francesa com elaborados ferros heráldicos na lombada. Exemplares impecáveis e conjunto muito atractivo. Capas de brochura preservadas com ocasional foxing. Ligeiro aparo marginal.
PRIMEIRA EDIÇÃO desta obra de referência na temática da genealogia. Ilustrado com várias estampas em separado, entre elas um retrato de D. João II, além de numerosas árvores genealógicas em folhas desdobráveis.
" ... Representa esta obra o fruto de cêrca de 15 anos de trabalho durante os quais não só consultei obras genealógicas impressas e manuscritas, como também assentos paroquiais existentes no Arquivo Paroquial de Lisboa e nos Arquivos Distritais e obtida do Ministério da Justiça a necessária autorização, igualmente os que, por terem menos de 100 anos, se encontram nas Conservatórias do Registo Civil (...) Dirigi-me ainda a cêrca de 800 pessoas, solicitando informes que por vezes só as próprias famílias podem dar ... " (Fernando de Castro da Silva Canedo, na Explicação Prévia da obra).
Inclui prefácio muito elogioso de D. António Conde de São Payo. No prólogo o autor explica o método que seguiu para elaborar este estudo que lhe tomou 15 anos de trabalho. Obra enriquecida com notas, que esclarecem várias questões e onde transcreve documentos, com correcções e aditamentos, índices de cada volume e um índice geral alfabético de toda a obra. A obra, "fruto de beneditino trabalho do Tenente-Coronel Fernando de Castro da Silva Canedo, é de todas as publicadas em Portugal sob este plano - o de explorar a descendência de determinado indivíduo - por certo a mais extensa, volumosa e exaustiva", segundo escreve o Conde de São Paio, D. António, no prefácio.
O ramo principal dos descendentes de D. João II, deu origem à casa de Aveiro (Duques de Aveiro e Marqueses de Torres Novas), que teve um fim trágico, sendo o 8º Duque de Aveiro executado de forma brutal em Janeiro de 1759, acusado de atentar contra a vida do rei D. José. O autor refere parte da carta de D. Duarte Nuno, Duque de Bragança, que declara os Condes de Alcáçovas legítimos representantes dos títulos da Casa de Aveiro. Do casamento de D. João II com a infanta D. Leonor houve apenas um filho, o príncipe herdeiro D. Afonso que, na flor da idade, com apenas 16 anos, morreu sem deixar herdeiros do seu casamento com a infanta D. Isabel de Espanha, que viria depois a ser rainha de Portugal pelo casamento com D. Manuel I.
A "Descendência Portuguesa de El-Rei D. João II" corresponde, assim, à dedução genealógica da descendência do senhor D. Jorge, duque de Coimbra, nascido de uma ligação do Rei com D. Ana de Mendoça e abrange todas as grandes famílias da nobreza portuguesa. Uma obra fundamental dos estudos genealógicos, trabalho realizado com grande rigor e abrangendo o vasto âmbito de todos os descendentes do Príncipe Perfeito "Explorou a corrente do seu sangue até à última gota do mais pequeno regato que nela vai haurir...a vida" .