Hiena Editora, Lisboa, 1988. In-8º de 18 págs. Br. Colecção "Águas, Luas Doidas". Ilustrado por Orlando Paulo Gonçalves.
Edição de um dos poemas integrados na Claridades doSul, é a expressão suprema dum sentido visionário
decadentista que embora mantendo referências românticas, prefigura já, no entanto, o que no surrealismo foi a aceleração da imagem simbolista.
“Bela! dizia eu, como um navio à vela,
Para um pais polar, por um silêncio amigo.
- Bela! como uma estátua e gélida como ela.
Bela! dizia eu, como um sepulcro antigo.
Bela! dizia eu, ágil como um jaguar, `
Assim me inspire o Fado e Satanás me deixei
Bela! dizia eu, fria como o luar
Sobre o dorso luzente e excepcional dum pente;